NULS, uma blockchain adaptável e open-source, quer sair de seu isolamento em relação ao resto do ecossistema blockchain e criar pontes (ou conexões) a outras redes — e talvez, um dia, entre elas. O primeiro passo é conectar a NULS ao Bitcoin e ao Ethereum através de uma nova rede chamada Nerve.

Essa visão é descrita em um whitepaper que a Comunidade Técnica da NULS lançou na última quinta-feira. O whitepaper detalha a nova rede como sendo uma solução cross-chain para tornar a NULS interoperável com Bitcoin, Ethereum e outras redes.

O que esperar da nova rede?

A rede NULS roda em um “sistema de staking democrático” que mescla o sistema DPOS com uma classificação de crédito. A recém-proposta rede Nerve fica no topo do Protocolo da NULS, permitindo que usuários transfiram as principais criptomoedas, incluindo BTC, ETH e tokens ERC20, para a blockchain da NULS. A empresa espera que a rede vá competir com Cosmos e Polkadot, que são outras duas soluções cross-chain em desenvolvimento.

Enquanto o protocolo não conecta Bitcoin e Ethereum da mesma forma que o fundador do Ethereum Vitalik Buterin disse no começo desta semana em seu Twitter, Berzeck, pseudônimo de um dos desenvolvedores da NULS, disse que a rede Nerve “dá um passo nessa direção.

 

Deveríamos investir recursos na implementação de uma troca decente e descentralizada entre ETH e BTC. É vergonhoso o fato de ainda não podermos nos mover facilmente e de forma confiável entre os dois maiores ecossistemas cripto.

Berzeck complementa: “O protocolo não interliga diretamente o Bitcoin e o Ethereum. Em vez disso, ele permite que a blockchain da NULS se conecte ao Bitcoin e ao Ethereum, respectivamente.” Todavia, ele acrescenta, “Nós definitivamente poderíamos explorar formas de ter a NULS agindo como uma intermediária entre essas blockchains e transações.”

Para possibilitar transações cross-chain, Berzeck disse que a Rede Nerve usará um token nativo chamado “NVT” para transferir valores entre redes. “Basicamente, a Rede Nerve irá operar como uma corretora virtual autónoma com masternodes capaz de lidar com as blockchains e processar suas transações,” disse ele. “Nerve irá então conduzir essa função e agregar valor à blockchain da NULS,” tornando-as efetivamente interoperáveis.

Vantagens para os desenvolvedores

Berzeck notou que isso poderia habilitar microtransações com blockchains específicas. “Com a funcionalidade cross-chain, os desenvolvedores não precisarão se preocupar com a manutenção de uma única rede com escala limitada,” ele afirma. “Ao invés disso, diversas blockchains concorrentes poderão rodar independentemente (uma para jogos, uma para cadeia de suprimentos, e assim por diante…) e a NULS poderá atuar com um terminal de disparo de funções para se tornar mais colaborativa e autónoma.”

Por enquanto, porém, com a rede esquematizada, a comunidade da NULS está preparada para construir um futuro interconectado para as blockchains.

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